quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Saberá alguém explicar-me o porquê desta angústia? Deste sentimento de perda e de vazio? Afinal, fui eu que desdenhei, fui eu que preteri, fui eu que nunca quis... E agora, repentinamente, a verdade atinge-me e afecta-me, logo no momento em que perdi! É confuso, e ao mesmo tempo tão claro. Eu antagonizo as pessoas, sei-o. Não o escondo! Não faço disso segredo, embora saiba que é por isso que as pessoas se afastam. Talvez devesse tentar ser hipócrita, como a maioria. A hipócrisia é uma péssima caracteristica, segundo nos dizem ao longo do nosso crescimento. Mas essa mesma hipócrisia, está tantas vezes associada ao ganho, à vitória. Porque os hipócritas não se magoam, nem se deixam afectar. Apenas escondem e, cobardes, conseguem espetar aquelas flechas difíceis de sarar.

Porque te vejo correr
Bem junto a mim~
Mas tão longe
Como o vento que galopa para o mar
Não te sei explicar
És-me estranho
O silêncio que se te associa
A calma que aparentas
O medo que causas
E porque te vejo correr
E me atemorizas as noites
Me invades os sonhos
E os transformas em pesadelos
Como a máscara de fantasma que assombra sa crianças
E porque te vejo correr
E não sei se vais voltar
Te mando para longe
Para onde não me possas ferir
Como uma defesa,
Uma guerreira que deixa o campo de batalha
Em nome apenas de si mesma
Eu te deixo
Como uma cobarde
Para que finalmente possa descansar
Quando te vir correr!

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