sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Confusão

Fim de ano confuso. Um ano tão cheio de surpresas, com tantas revelações, asneiras feitas com arrependimentos à parte, boas sensações vividas, grandes amizades feitas... E tudo acaba! Deste modo, sem aviso prévio, sem um lampejo de revelação sobre o que virá.

Foram muitos os projectos, alguns concretizados, outros nem por isso, e outros em andamento. E o fim do ano espreita, rápido e veloz, sem se preocupar se será ou não bem vindo.

Se pudesse voltar atrás, reter em mim todos os momentos que me esforço por recordar, mas que a memória desfoca, como se pretencessem a outrém. Nada além do vazio e do sentimento de perda permanecem. Porque ao fim e ao cabo nada mudou. As pessoas continuam a ser as mesmas, os lugares mantêm-se iguais. Tudo se resume a uma passagem rápida que não deixa rasto.

E outro ano irá começar. Novos projectos, novas caras, novas emoções nos esperam. E cá estarei para as saborear, aproveitar cada minuto como se fosse o último. Por isso, FELIZ ANO NOVO! Para mim, para os meus e para todos.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

tenho em mim multidões

São nestas noites de chuva,
em que impera o silêncio e sua corte,
No seu fiel e inquieto reino
Tendo a culpa como rei
E a mentira como consorte

Mentira, essa palavra ágil,
que tantos impregam ao vento
Saberão o seu significado?
os seus contornos destrutivos
o seu sedutor talento

Eu sei, sou eu!
encarno a mentira caprichosa
e com ela encanto e deslumbro
faço do inocente culpado
sou a vitima mais perigosa!

Altruismo, sinceridade
a inocência vitimizada
É assim que me descrevo e acredito
só o escuro leva a mentira
e ai fujo em direcção ao nada...

Evoco o passado
o eu de outrora
e hoje quem sou?
as personagens que vivo
nos diversos "eus" de agora.

Embalo-me e perdoo-me,
Por entre as minhas divagações
e volto a ser apenas eu
com toda a mentira acumulada
Tenho em mim multidões!