quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Quando a inspiração falha
E nos deixa a vaguear
No turbilhão de ideias que não temos
A vontade de criar
De inovar, de crescer
Refreada no insucesso do pensamento
O fracasso, a falha,
A procura incessante de palavras
Inimigos primários de quem cria
De quem desperta sensações
De quem vive e sente por frases
E dizeres
E se esquece do mundo em volta
Não relembra as sensações
Nem as emoções de sentir
Em nome das palavras
Ingartas palavras
Que não vêm, desaparecem
Quando tanto são necessárias
Para desenvolver a inspiração
Que não vem!

Dizem que não se deve escrever por obrigação. Mas a necessidade de libertação associada à escrita aparece, e com ela, uma desenfreada volntade de o fazer. Mas não há inspiração. As letras bailam à nossa frente sem conseguirem formar lógica. E ficamos, prostrados, a olhar em redor, à espera que as palvras voltem para nós, para nos darem o descanso da escrita, o desabafo e a libertação. Para nós, que fazemos da escrita o nosso hábito, o nosso melhor amigo e o nosso confidente, escrever é uma obrigação. E, se não o for, torna-se!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

16/01/2011

Existem dias que nos marcam por coisas más, que acontecem a pessoas boas. Existem histórias que nos enternecem e se fazem ouvir para o resto dos nossos dias.
Foi uma história assim que me contaste. A força com lutaste sempre ao seu lado, toda a coragem, todo o carinho. Estou triste, por ele, por ti, por tudo o que vos aconteceu, a vocês, que mereciam tudo de bom. E ao mesmo tempo, sinto o peso do remorso. Vi-te no sábado. Fingi que não te vi, porque estamos meio chateados, não nos falamos há meses. Vi o teu sorriso de socapa e senti saudades da tranquilidade que ele me trazia. Da paz, da força.. E neste dia tão negro, não consigo não chorar contigo, por ti, ou por ele.
Essa história que me contaste durante tantos dias, tantas conversas, tantos desabafos, ficará para sempre comigo, como uma lição de vida, um exemplo a seguir. Não o conhecia pessoalmente, mas sinto que já o ia conhecendo, pela forma intensa como falavas dele, com tanta admiração, respeito e amor.
E estou triste porque não estive contigo, porque não sabia, só soube no fim do dia de hoje. Porque sempre te incuti a viveres intensamente e estares presente na vida dos que te querem bem, e eu não estive contigo neste dias. Mas estou contigo. Estás no meu pensamento, no meu coração, como a grande pessoa que és. E, apesar de tudo, do afastamento, da distância, eu gosto muito de ti. Trago comigo as nossas conversas, e, como tal, a sua memória também. Nunca te cheguei a dizer, mas ele era lindo! Muito, mesmo!
Estou aqui, para ti, a qualquer hora, a qualquer momento, para qualquer coisa. Marcaste-me muito, apesar de te conhecer à tão pouco tempo. Estive triste contigo, mas tudo isso desapareceu. Es o meu amigo, que tanto admiro e tanto gosto!

Gosto muito, muito de ti, Raphael Monteiro *

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Saberá alguém explicar-me o porquê desta angústia? Deste sentimento de perda e de vazio? Afinal, fui eu que desdenhei, fui eu que preteri, fui eu que nunca quis... E agora, repentinamente, a verdade atinge-me e afecta-me, logo no momento em que perdi! É confuso, e ao mesmo tempo tão claro. Eu antagonizo as pessoas, sei-o. Não o escondo! Não faço disso segredo, embora saiba que é por isso que as pessoas se afastam. Talvez devesse tentar ser hipócrita, como a maioria. A hipócrisia é uma péssima caracteristica, segundo nos dizem ao longo do nosso crescimento. Mas essa mesma hipócrisia, está tantas vezes associada ao ganho, à vitória. Porque os hipócritas não se magoam, nem se deixam afectar. Apenas escondem e, cobardes, conseguem espetar aquelas flechas difíceis de sarar.

Porque te vejo correr
Bem junto a mim~
Mas tão longe
Como o vento que galopa para o mar
Não te sei explicar
És-me estranho
O silêncio que se te associa
A calma que aparentas
O medo que causas
E porque te vejo correr
E me atemorizas as noites
Me invades os sonhos
E os transformas em pesadelos
Como a máscara de fantasma que assombra sa crianças
E porque te vejo correr
E não sei se vais voltar
Te mando para longe
Para onde não me possas ferir
Como uma defesa,
Uma guerreira que deixa o campo de batalha
Em nome apenas de si mesma
Eu te deixo
Como uma cobarde
Para que finalmente possa descansar
Quando te vir correr!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Conversas

Existem conversas que nos fazem pensar. Que nos mostram teorias e pensamentos aos quais nunca demos importância. Que nos ensinam que existem diferentes pontos de vista e crenças muito diferentes das nossas, e que nem por isso se encontram erradas... Talvez até sejam mais certas.

De facto, existem coisas que a ciência não explica. Apesar do avanço, dos novos conhecimentos proporcionados pelo desenvolvimento da tecnologia, continuam a existir lacunas no que respeita à conduta humana. Porque gostamos de algumas pessoas e de outras não? Porque existem factos que nos marcam e nos provocam bloqueios que não conseguimos ultrapassar? Eric Erikson chamava-lhe crise. Toas as fases e etapas da nossa vida tinham uma crise a ultrapassar para passar à fase seguinte. Porém, essas crises são estipuladas e diferenciadas por idades. E quando a crise acontece fora da etapa para a qual foi prevista? Como resolver, como justificar!?

São tantas as perguntas e tão poucas as respostas.. São poucas as pessoas que têm o dom da palavra em relação a este assunto. Há que reflectir, mas não pensar em demasia. Pensar demasiado dói, destrói e corrói a essência da alma!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011