segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

tenho em mim multidões

São nestas noites de chuva,
em que impera o silêncio e sua corte,
No seu fiel e inquieto reino
Tendo a culpa como rei
E a mentira como consorte

Mentira, essa palavra ágil,
que tantos impregam ao vento
Saberão o seu significado?
os seus contornos destrutivos
o seu sedutor talento

Eu sei, sou eu!
encarno a mentira caprichosa
e com ela encanto e deslumbro
faço do inocente culpado
sou a vitima mais perigosa!

Altruismo, sinceridade
a inocência vitimizada
É assim que me descrevo e acredito
só o escuro leva a mentira
e ai fujo em direcção ao nada...

Evoco o passado
o eu de outrora
e hoje quem sou?
as personagens que vivo
nos diversos "eus" de agora.

Embalo-me e perdoo-me,
Por entre as minhas divagações
e volto a ser apenas eu
com toda a mentira acumulada
Tenho em mim multidões!

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